Linhas de Pesquisa
HISTÓRIA, CULTURA E CIDADE - LINHA 1
A linha busca aproximar as pesquisas e trabalhos no âmbito da pós-graduação no Brasil que tenham como centro de seus interesses os estudos sobre a cidade. Neste sentido, três aspectos dos estudos sobre a cidade aproximam os seus componentes: as mudanças culturais, as tramas e práticas político-econômicas e as relações e conflitos sociais. Em seus projetos de pesquisa e nos trabalhos de pós-graduação, os participantes investigam a cidade a partir de diferentes aspectos, tais como: o cotidiano (diversão, lazer, moradia, vizinhança, trabalho etc.); o advento de equipamentos modernos e as mudanças de hábitos e costumes por eles provocados; as reformas urbanas e os jogos e tramas político-econômicas que as acompanham; e as tensões e conflitos por essas práticas e mudanças provocadas. Esses diferentes aspectos da vida dos moradores da cidade são investigados em fontes, como a imprensa, a literatura, fontes judiciais (especialmente processos criminais), crônicas, memórias, iconografia e fontes oficiais, o que significa estudar a cidade a partir de diferentes perspectivas teórico-metodológicas.
HISTÓRIA, CULTURA E IDENTIDADES - LINHA 2
A linha aglutina pesquisas e pesquisadores que têm se ocupado de temáticas variadas articuladas a partir do eixo cultural. É a cultura em sentido amplo, antropológico, que se afasta da reflexão centrada sobre o vínculo cultura-nação para uma abordagem da cultura dos grupos sociais, que tem estado no centro das pesquisas levadas a efeito pelo grupo de pesquisadores da linha. Ainda que venha, por vezes, a situar-se na dimensão política, a questão central é a compreensão do como a cultura de um grupo, ao exemplo das camadas populares, funciona enquanto contestação da ordem social, ou mesmo, como modo de adesão às relações de poder. Trata-se de estudos que invertem compreensões tradicionalmente postas, ainda que construam tramas sobre temáticas reiteradamente visitadas (tais como o coronelismo, a família, os políticos e a política nacionais e locais, o clientelismo, as minorias, etc). Nessa perspectiva, as abordagens se deslocam dos esquemas explicativos tradicionais para o tratamento das temáticas através dos empréstimos e cruzamentos disciplinares. A exemplo das relações que vão se estabelecer, nestes estudos, com o aporte conceitual da Antropologia, da Psicanálise, da Filosofia, que vão possibilitar uma leitura dos temas que se afasta dos esquemas sistêmicos da História (o lugar) e aportam em uma antidisciplina (o não-lugar). A realização de (re)leituras das produções culturais e a problematização do aporte conceitual sistêmico empregado nos estudos consolidados pode ser a compreensão sintética das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas por pesquisadores da linha. É a partir da do campo conceitual da História cultural, e de cruzamentos com a grade conceitual da Antropologia, da semiologia lingüística, da filosofia e da Psicanálise, que os professores estabeleceram seus estudos sobre a política e os políticos, os amantes e os santos, o saber médico e a educação, a corporeidade e a pedagogia, a natureza e a ciência, dentre outras temáticas.
HISTÓRIA CULTURAL DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS - LINHA 3
A linha de pesquisa se organiza em torno de investigações sobre a história cultural das práticas educativas e das sociabilidades, com o objetivo de pesquisar campos temáticos como: cultura escolar e escolarização, formação, prática e discursos profissionais, bem como espaços/lugares de produção de práticas e de discursos e de identidades, a exemplo dos hospitais, seminários teológicos, instituições de pesquisa, organizações voluntárias e filantrópicas, associações profissionais e sociedades científicas, instituições de cuidado e disciplina (orfanatos, asilos, clubes e centros de convivência); produção de sujeitos e diferença. Enquanto campo multidisciplinar, a história dos espaços educativos e das profissões envolve o estudo de diferentes campos temáticos, dentre os quais: • História cultural das instituições escolares e religiosas. • História das culturas médicas de prevenção, combate à doença e promoção da saúde. • História das reformas sanitárias, do controle ambiental e da erradicação de riscos. • História das campanhas educativas e das práticas de higienização. • História dos profissionais e das profissões. • História do corpo e suas tecnologias. • História das práticas escolares e do ensino de História. • História e narrativas em memoriais, autobiografias, fotobiografias e biografias. • História das práticas artísticas e literárias na cultura escolar. • Culturas digitais, práticas juvenis e espaços escolares. • História dos brinquedos e das brincadeiras. • História de leitores e leitura na produção da cultura escrita na escola. • História das práticas alimentares, vestuário (uniformes) e material escolar: aspectos sociais e pedagógicos. Neste subeixo, daremos especial atenção aos diversos espaços e suas educabilidades, analisando como em diferentes momentos da história houve uma contribuição para educar, ensinar, congregar experiências dos sujeitos. Nesse rol de espaços e práticas educativas, focaremos em grupos escolares, educandários, institutos, escolas de artes, escolas domésticas, escolas de teatro, clínicas médicas, igrejas, seminários teológicos, hospitais, faculdades, clube de mães, círculos operários, conventos, sindicatos dos trabalhadores rurais, postos de saúde e profilaxia, clube de jovens, museus, bibliotecas escolares, Associação de Artesãos, Associação de poetas e repentistas, instituições orfanológicas ou internatos (abrigo), história das práticas de controle de infecção em instituições hospitalares, grêmios estudantis, associações médicas, etc.
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