Linhas de Pesquisa
HISTÓRIA, CULTURA E CIDADE - LINHA 1
A linha busca reunir pesquisas historiográficas que tenham como centro de seus interesses os estudos sobre a cidade a partir de diferentes olhares: memória, patrimônio e arquitetura, relações de trabalho, conflitos e tensões sociais, práticas culturais, moradias, práticas políticas, produções artísticas que significam a cidade (literatura, cinema, teatro, etc.). Em seus projetos de pesquisa e nos trabalhos de pós-graduação, os participantes investigam a cidade a partir de diferentes aspectos, tais como: o cotidiano (diversão, lazer, moradia, vizinhança, trabalho etc.); o advento de equipamentos modernos e as mudanças de hábitos e costumes por eles provocados; as reformas urbanas e os jogos e tramas político-econômicas que as acompanham; e as tensões e conflitos por essas práticas e mudanças provocadas. Esses diferentes aspectos da vida dos moradores da cidade são investigados em fontes, como a imprensa, a literatura, fontes judiciais (especialmente processos criminais), crônicas, memórias, iconografia e fontes oficiais, o que significa estudar a cidade a partir de diferentes perspectivas teórico-metodológicas e de diferentes campos temáticos.
HISTÓRIA, CULTURA E IDENTIDADES - LINHA 2
Esta linha de pesquisa volta-se para a investigação histórica das múltiplas dimensões que atravessam as identidades dos sujeitos em suas individualidades, assim como, as identidades coletivas construídas em diferentes temporalidades. Os pesquisadores que compõem esta linha de pesquisa estudam os seguintes temas: 1) questões étnicas, ambientais e povos indígenas, abordando práticas de resistência, reconhecimento e apagamento, culturas, tradições e direitos dos povos originários e outras comunidades étnicas, em particular as quilombolas e os povos ciganos, assim como, a história da preservação e exploração dos recursos naturais; 2) Identidades de gênero e sexualidades dissidentes, focando nas construções históricas, sociais e culturais que definem e regulam os papéis de gênero e as sexualidades, assim como as lutas por reconhecimento e por direitos; 3) Práticas religiosas, com o estudo das crenças e instituições religiosas, incluindo os processos de hibridismo, secularização e as relações entre religião e política; 3) culturas populares, com o estudo das manifestações culturais das classes populares, como folclore, música, literatura, festas, e práticas cotidianas, evidenciando seus significados históricos; 4) movimentos sociais, analisando as lutas coletivas por justiça social, direitos civis, igualdade e democracia, considerando suas origens, trajetórias e impactos, em particular no contexto da América Latina; 5) cultura democrática e políticas identitárias, investigando movimentos sociais que lutaram/lutam pela construção de uma sociedade democrática (operários, negros, feministas, homossexuais, lésbicos, etc.). A linha, por fim, organiza-se a partir de diferentes perspectivas teóricas e de uma diversidade de temas mas que têm as culturas e as identidades como seus núcleos centrais.
HISTÓRIA CULTURAL DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS - LINHA 3
A linha de pesquisa se organiza em torno de investigações sobre a história cultural das práticas educativas e das sociabilidades, com o objetivo de pesquisar campos temáticos como: cultura escolar e escolarização, formação, prática e discursos profissionais, bem como espaços/lugares de produção de práticas e de discursos e de identidades, a exemplo dos hospitais, seminários teológicos, instituições de pesquisa, organizações voluntárias e filantrópicas, associações profissionais e sociedades científicas, instituições de cuidado e disciplina (orfanatos, asilos, clubes e centros de convivência); produção de sujeitos e diferença. Enquanto campo multidisciplinar, a história dos espaços educativos e das profissões envolve o estudo de diferentes campos temáticos, dentre os quais: História cultural das instituições escolares e religiosas; História das culturas médicas de prevenção, combate à doença e promoção da saúde; História das reformas sanitárias, do controle ambiental e da erradicação de riscos; História das campanhas educativas e das práticas de higienização; História dos profissionais e das profissões; História do corpo e suas tecnologias; História das práticas escolares e do ensino de História; História e narrativas em memoriais, autobiografias, fotobiografias e biografias; História das práticas artísticas e literárias na cultura escolar; Culturas digitais, práticas juvenis e espaços escolares; História dos brinquedos e das brincadeiras; História de leitores e leitura na produção da cultura escrita na escola; História das práticas alimentares, vestuário (uniformes) e material escolar: aspectos sociais e pedagógicos. Neste subeixo, a linha dá especial atenção aos diversos espaços e suas educabilidades, analisando como em diferentes momentos da história houve uma contribuição para educar, ensinar, congregar experiências dos sujeitos. Nesse rol de espaços e práticas educativas, foca em grupos escolares, educandários, institutos, escolas de artes, escolas domésticas, escolas de teatro, clínicas médicas, igrejas, seminários teológicos, hospitais, faculdades, clube de mães, círculos operários, conventos, sindicatos dos trabalhadores rurais, postos de saúde e profilaxia, clube de jovens, museus, bibliotecas escolares, Associação de Artesãos, Associação de poetas e repentistas, instituições orfanológicas ou internatos (abrigo), história das práticas de controle de infecção em instituições hospitalares, grêmios estudantis, associações médicas, etc.
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